26 de janeiro de 2013

Robyn Lawley e o dilema do meio termo


Por Ricardo Alexandre


Robyn Lawley é uma lindíssima modelo australiana que atua no universo plus size. Ela tem 23 anos, veste 42-44 e tem medidas entre 99-78-104. Ela já estrelou diversas capas de revistas, entre elas, a ELLE França e VOGUE Itália e Austrália. Cada vez mais famosa, recentemente assinou contrato com a grife Ralph Lauren, tornando-se, assim, a primeira plus size da marca. Todos os holofotes estão sobre ela. Na Look Magazine, disparou: “Estou no tamanho normal, então porque sou chamada de plus size?” Ela tá certa, não tem nada de gordinha mesmo. Na verdade, Robyn Lawley é um MULHERÃO! Afinal, qual o significado desse termo.

Na minha opinião, a beleza vive atualmente uma era de extremismo. Tudo passou a ser rotulado como magra ou gorda, mulher-diet ou supercalórica. Mas será que tudo se localiza mesmo nesses dois extremos? Não estamos sendo radicais? Pensando dessa maneira, estamos ignorando um terceiro tipo de mulher que, por sinal, é essencialmente curvilínea: o mulherão. Mulherão é o tipo ampulheta por excelência, a típica mulher brasileira, a voluptuosa, a bombshell. Robyn Lawley é um mulherão, o meio termo. Ela está localizada entre a modelo magra e a plus size, entre uma Adriana Lima e uma Fluvia Lacerda. Ela está no meio dessa tríade. Kim Kardashian também é constantemente vítima dessa confusão de termos. Pois, ela é, sem dúvida, a realeza das celebridades curvilíneas. A síntese do mulherão! O mulherão não é uma nova espécie, um novo conceito – só estava soterrado pelo pensamento monolítico da beleza atual.

A versão do mulherão que circula na grande mídia vem traduzida numa figura vulgar que satisfaz o assédio sexual do público masculino. O que vemos é um desfile erótico de periguetes, gostosonas e mulheres-frutas capaz de turbinar a audiência mas que não traz valor algum para as mulheres que se encaixam nesse perfil. O mulherão precisa voltar a ser celebrizado da maneira correta: um tipo encarado como o meio termo entre magras e gordinhas. Mas ainda não posso encerrar esse texto sem antes comentar a outra expressão que tanto comento por aí – a BELEZA EXUBERANTE. Não quero causar confusão com esses termos, só quero que as coisas sejam devidamente classificadas. A beleza exuberante engloba os mulherões e as gordinhas. Elas representam as duas categorias que esbanjam medidas nada modestas. Convém lembrar que existem magras curvilíneas, mas que não podemos considera-las exuberantes porque são desprovidas de quadris largos e bumbum avantajado. As mulheres exuberantes são as verdadeiras representantes da feminilidade elevada à enésima potência. A partir de agora, espero que as leitoras divulguem esses termos para que não incorram nos mesmos equívocos das fashionistas atuais. Mulherão não é gordinha. São, sim, dois tipos exuberantes, mas distintos. Portanto, quando avistarem Robyn Lawley por aí, digam: Wow! Que mulherão!

A foto abaixo é um acréscimo meu, para quem não conhece a Robyn ter uma ideia melhor do que o Ricardo está falando:

Peguei aqui
Peguei aqui
Linda né?



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